
1906 • 1909
Francisco Joaquim Ferreira do Amaral
Oficial da Marinha. Desempenhou as funções de Governador de Moçamedes (1878), de São Tomé e Príncipe (1879) e de Governador-Geral de Angola (1882-1886) e do Estado da Índia (1886). Na vida política foi deputado pelo Partido Regenerador, Ministro interino dos Negócios Estrangeiros, Ministro da Marinha e do Ultramar e Presidente do primeiro governo nomeado após o regicídio. Como Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa esteve associado à criação da Escola Colonial, de que foi o seu primeiro diretor.

1909 • 1910
Zófimo Consiglieri Pedroso
Professor Catedrático e Diretor do Curso Superior de Letras. Académico distinto com obra reconhecida, destacou-se no campo da etnografia portuguesa de cujo estudo foi um importante impulsionador. Vindo do campo monárquico, tendo sido deputado do Partido Progressista, assume o republicanismo e é nessa condição que sucede a Ferreira do Amaral na Presidência da Sociedade de Geografia de Lisboa e na direção da Escola Colonial.

1910 • 1912
Bernardino Machado
Professor Catedrático da Universidade de Coimbra. Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. A sua carreira política iniciou-se no Partido Regenerador, como deputado pelo círculo de Lamego (1882) e Ministro das Obras Públicas (1893). Grão-Mestre do GOL, acompanha a tendência de transferência da maçonaria do campo monárquico para o republicano, aderindo a este partido em 1903. Com a proclamação da República desempenhará os mais elevados cargos: Ministro dos Negócios Estrangeiros (1910), Chefe do Governo (1914) e Presidente da República (1915-17 e 1925-26).

1913 • 1921
Anselmo Braamcamp Freire
O seu nome surge associado ao estudo da arqueologia, história e genealogia. Foi o primeiro presidente republicano da Câmara Municipal de Lisboa (1908). Eleito deputado em 1911, assumiu a presidência da Assembleia Constituinte e posteriormente a do Senado. No decorrer da sua presidência da Sociedade de Geografia de Lisboa e da direção da Escola Colonial (1919), o Ministro do Ultramar, João Soares, promoveu a primeira grande reorganização da Escola e elevou-a a estabelecimento de ensino superior.

1921 • 1925
Vicente Maria da Moura Coutinho de Almeida d’Eça
Oficial da Marinha. Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. Professor da Escola Naval ocupou-se das regências de Direito Internacional e da História Marítima, áreas em que publicou extensivamente. Na Geografia legou uma coreografia de Portugal que se manteve longo tempo no sistema ensino. Na vida política foi deputado pelo Partido Regenerador.

1925 • 1926
Tomás António Garcia Rosado
Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. Destacou-se pela sua carreira militar, tendo sido Chefe do Estado-Maior da expedição militar à Índia para por cobro à sublevação dos soldados Maratas e dos Ranes (1895). Com a entrada de Portugal na I Grande Guerra teve a seu cargo a preparação e envio do contingente expedicionário a Moçambique. Em 1918, passou a comandar o Corpo Expedicionário Português em França. Depois do golpe de 28 de Maio de 1926, foi nomeado embaixador no Reino Unido (1926-34).

1927 • 1928
Pedro José da Cunha
Professor Universitário. Formou-se em Engenharia Militar e no curso Geral da Escola Politécnica. Foi neste estabelecimento de ensino que iniciou, em 1896, a sua carreira docente em Matemática, disciplina em que lhe foi reconhecido importante contributo no ensino e na investigação. Os seus interesses também se estenderam às questões coloniais, tendo sido presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. Foi Diretor da Faculdade de Ciências (1913-1916) e Reitor da Universidade de Lisboa (1916-1928).

1928 • 1940
José Capelo Franco Frazão (Conde da Penha Garcia)
Formado em Direito. Monárquico, foi Ministro da Fazenda (1905-1906) e o último Presidente da Câmara dos Deputados do período monárquico. Com a República exila-se na Suíça. Interessado pelas questões coloniais, integrava o Instituto Internacional Africano, de que veio a ser presidente. Regressado ao país, assumiu a presidência da Sociedade de Geografia de Lisboa e a direção da Escola Superior Colonial. Consciente das limitações da Sociedade de Geografia de Lisboa procedeu, em 1933, à transferência da Escola para o Palacete dos Anjos.

1946 • 1958
António Augusto Esteves Mendes Correia
Doutor em Antropologia. Formado em Medicina em 1911, foi convidado para assistente da Faculdade de Ciências do Porto. Assumiu a regência de Antropologia e, em 1918, participou na fundação da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia. Foi Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa entre 1951 e 1960. Em 1946 foi nomeado diretor da Escola Superior Colonial. Deu início à renovação do corpo docente da Escola, a uma maior internacionalização dos docentes e à edição de uma revista científica.

1958 • 1969
Adriano Moreira
Doutor em Relações Internacionais. Iniciou a sua atividade docente na Escola em 1950. Em 1956 fundou o Centro de Estudos Políticos e Sociais. Nomeado diretor do Instituto em 1958, procedeu à transformação da escola numa instituição universitária de ciências sociais que integrou a Universidade Técnica de Lisboa em 1961. Em 1969, na sequência da crise académica, assume uma posição de defesa da liberdade universitária o que ditou a sua exoneração. Após reintegração no ISCSP, foi eleito Presidente do Conselho Científico do Instituto (1981-1992).

1969 • 1974
Vasco Fortuna
Doutor em Ciências Económicas. Professor Catedrático. Iniciou a sua atividade docente em 1954 como professor de Economia Política e Estatística. Em 1960 foi nomeado chefe da recém-criada Missão do Rendimento Nacional do Ultramar, tendo mantido a direção deste centro até à sua aposentação, em 1981. Em 1969, na sequência da exoneração de Adriano Moreira, foi nomeado diretor da Escola. Em 1974 foi exonerado do seu cargo. Foi Presidente do Conselho Científico de 1980 até 1981, ano em que se jubilou.

1981 • 2005
Óscar Soares Barata
Frequentou o curso de Administração Ultramarina, tendo sido o primeiro diplomado na história do Instituto a chegar à sua direção. Licenciado em Ciências Políticas e Sociais pela Universidade de Louvaina, ingressou no corpo docente do ISEU em 1959. Doutorou-se em 1964 e em 1968 foi nomeado Professor Catedrático.
No final dos anos 70, liderou o combate contra a eminente extinção da Escola e conseguiu mobilizar vontades para promover a sua continuidade. Foi Presidente do Conselho Científico (1979-1980) e Presidente do Conselho Directivo (1981-2005) do ISCSP.
Durante o seu mandato, procedeu-se à construção do novo edifício do ISCSP, no Pólo da Ajuda, solenemente inaugurado a 18 de Janeiro de 2002.

2005 • 2012
João Abreu de Faria Bilhim
Antigo aluno do ISCSP, licenciou-se em Ciências Antropológicas e Etnológicas em 1977. Tornou-se Mestre em Ciências Antropológicas (1988), Doutor em Ciências Sociais (1993) e Agregado em Antropologia e Sociologia (2002) pela UTL. É Professor Catedrático desde 2003. Foi fundador e coordenador do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP) do ISCSP e Presidente do Conselho Diretivo da Escola entre 2005-2012. Em 2012, chamado a presidir ao CReSAP, cessou funções de Presidente, mantendo a atividade docente e de coordenador da Unidade de Coordenação de Administração Pública.

2012 • 2020
Manuel Meirinho Martins
Licenciado em Comunicação Social pelo ISCSP, prosseguiu estudos na área da Ciência Política, em que obteve os graus de Mestre, de Doutor e de Agregado e em que tem publicado extensivamente. É Professor Catedrático e coordenador da Unidade de Coordenação em Ciência Política. Foi Deputado à Assembleia da República, eleito pelo Partido Social Democrata (XII Legislatura 2011-2015), tendo suspendido o mandato a partir de 20 de maio de 2012. Foi Presidente do ISCSP-ULisboa entre 2012 e 2020.