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Pós-Graduação em Empreededorismo e Inovação do ISCSP-ULisboa em destaque na revista Link To Leaders

29 maio 2019

Patrícia Jardim da Palma, Coordenadora da pós-graduação em Empreendedorismo e Inovação e da Escola de Liderança e Inovação do ISCSP, destaca o papel das universidades no apoio a ideias, projetos e start-ups desenvolvidos pelos alunos que sejam soluções inovadoras para os problemas das empresas e instituições em Portugal e no mundo. Leia o artigo completo abaixo.

Em termos práticos, como podemos explicar esta transformação empreendedora? Como este caso evidência, a universidade revelou-se fundamental, não apenas para apoiar na elaboração de um bom plano de negócios – proporcionando aprendizagens orientadas para a proposta de valor, o plano de marketing ou o budget financeiro – mas também para o desenvolvimento das competências empreendedoras.
Tendo em conta a máxima de Peter Drucker, que afirmava que “o empreendedorismo é fundamentalmente um estilo de vida”, torna-se claro que “falar sobre empreendedorismo” é bem diferente de “ser empreendedor”. Neste sentido, o desenvolvimento de competências como a proatividade, a autoeficácia, a propensão para o risco calculado ou a resiliência mostram-se determinantes, tanto na criação do próprio negócio ou no processo de venda, como na comunicação com futuros parceiros ou colaboradores.

No entanto, dada a mudança de paradigma que estamos a viver atualmente – em que mais importante do que ter disponíveis recursos humanos, matéria-prima ou conhecimentos é ter a capacidade para transformar esses mesmos recursos e conhecimento em inovação e em valor competitivo para a empresa ou instituição – a mera capacitação dos empreendedores já não basta… Ora é precisamente neste ponto que a universidade se revela tão determinante! Enquanto centro por excelência para a produção, disseminação e transformação do conhecimento em inovação – isto é, em respostas e soluções capazes de resolver os problemas reais – a universidade pode e deve estar na “linha da frente” na geração de produtos e serviços inovadores!

Já em 1994, Etzkowitz defendeu esta ideia, considerando que a universidade reúne “condições ótimas” (exemplo, pessoas altamente qualificadas, conhecimento de ponta, estruturas de apoio a investigadores, docentes e discentes, …) para que ideias, soluções e inovações possam emergir.

Nesta linha de raciocínio, a universidade poderia (e deveria) funcionar, cada vez mais, como “Universidade Empreendedora” – para utilizar o termo do autor – e assim assumir-se como o centro por excelência de transferência de conhecimento, isto é de produção de inovação e geração de respostas para a sociedade. Neste sentido, cada aluno deve ser encarado como “potencial empreendedor”, apostando a universidade no estímulo do espírito empreendedor de todos.

Na ciência, este discurso não é novo e encontra-se em conformidade com as diretivas da Comissão Europeia e da própria Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Mas, olhando para o panorama português, parece-me que podemos fazer um pouco mais.

Remetendo para o plano pragmático: como podem as universidades assumir-se como “Universidades Empreendedoras” e despoletarem a vontade e o espírito empreendedor dos seus alunos? Naturalmente que um primeiro passo passa por criar unidades curriculares orientadas para o empreendedorismo e a inovação, pelo envolvimento dos alunos em projetos de investigação e inovação dos docentes ou em programas de mentoring. Mas, podemos ir mais longe! Dado que o empreendedorismo implica “fazer”, é preciso incentivar os alunos a aplicarem as suas competências na prática, a participarem em “concursos de ideias” e “sessões de pitch”, a montarem projetos extracurriculares (por exemplo, organização de conferências) e a integrarem redes de colaboração.

Em conclusão, é fundamental que a universidade se assuma cada vez mais como um Centro de Transferência de Inovação para a sociedade, estimulando a geração de soluções para problemas reais. E tal pode ser concretizado através, não apenas da criação de mais spin offs e start-ups inovadoras, mas principalmente do desenvolvimento do espírito empreendedor dos alunos, que serão os futuros profissionais deste país! Desta forma, a universidade está a contribuir para o desenvolvimento de um Portugal mais empreendedor!

Fonte: Link To Leaders.

Conheça a 3.ª edição da pós-graduação em Empreendedorismo e Inovação, AQUI.

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