O Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP) do ISCSP-ULisboa lançou uma investigação sobre a forma como os portugueses olham para a sua democracia, numa altura em que se comemora meio século da sua existência.
De uma amostra de 1300 pessoas, 69% considera que a revolução trouxe consequências “mais positivas do que negativas”, e apenas 7% manifesta uma visão sobretudo negativa deste acontecimento. Se segmentarmos as respostas obtidas à faixa etária entre os inquiridos de 16 a 34 anos, a percentagem de 69% aumenta para 73% e a de 7 diminui para 6%.
A área que recebe uma avaliação rotundamente negativa é a corrupção: 65% dos entrevistados acham que Portugal está hoje pior nesse campo do que em 1974. É uma tendência transversal a géneros, grupos etários, níveis de escolaridade, níveis de rendimento e local onde se vive. Por outro lado, a saúde e a educação são as áreas que a amostra considera terem melhorado mais.
Estes são os primeiros resultados de uma investigação que decorre entre 2024 e 2028. Mais tarde haverá um estudo mais aprofundado para efeitos de publicação académica, onde se pretende desenvolver a literacia política para alunos de idade próxima de votar.