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ISCSP cede equipamentos a alunos com dificuldades de acesso ao ensino à distância

15 maio 2020

Num contexto em que toda a interação entre docentes e alunos foi transferida para plataformas online, o ISCSP-ULisboa entendeu ser sua obrigação assegurar a todos os alunos o acesso a estas plataformas e, consequentemente, ao processo de ensino/aprendizagem.

Logo após a suspensão das atividades presenciais, foi iniciado, por parte do ISCSP-ULisboa um processo de identificação dos alunos com dificuldades de acesso às plataformas, para que fossem analisadas as possíveis formas de apoio. A informação foi recolhida através da AEISCSP e os diversos núcleos de estudantes existentes, Unidades de Coordenação, através da interação com docentes e os representantes dos alunos, SAS-ULisboa e um questionário enviado por email a todos os alunos, o qual obteve um total de 1425 respostas, 226 contactos telefónicos a alunos referenciados como tendo elevado risco de problemas de acesso.

Ultrapassada esta primeira fase de identificação de necessidades passou-se então a uma distribuição faseada dos equipamentos, através de critérios previamente definidos.

Entre os alunos com dificuldades de acesso aos materiais de ensino/aprendizagem à distância está Batista Dafá, a quem o ISCSP-ULisboa cedeu um computador portátil e um router para acesso à internet. Sem o acesso devido aos materiais informáticos diz que apenas foi possível estudar “através de livros e cadernos e não consegui fazer nada online, e isso abalou-me muito”. Agora, já com novas condições de estudo, adianta que não consegue dizer “em simples palavras como me vai ajudar, porque já perdi tantas aulas por causa de não ter material” e admite estar “muito satisfeito”, pois “na verdade isto vai ajudar muito”.

Já a Bubacar Bari foi-lhe emprestado um router, o que lhe permite aceder à internet a partir de casa sem ter que se deslocar até à biblioteca perto de casa como antes fazia, pois agora “já podemos aceder aos matérias disponíveis”. Conta que até aqui “foi muito difícil”, pois havia alunos que não podiam aceder às aulas “normalmente”. Bubacar é também presidente do Núcleo de Estudantes Africanos do ISCSP-ULisboa e afirma que o Instituto “deu a resposta necessária, na medida em que os alunos que se encontravam nessa situação vão poder aceder aos conteúdos a partir de casa”.

Da parte da Associação de Estudantes (AEISCSP) é também visível uma satisfação pelas soluções encontradas pelo Instituto. João Machado, presidente da AEISCSP, assume que a dificuldade de acesso a equipamento informático é das maiores falhas que o ensino à distância nos coloca e “desta forma o ISCSP está aqui a colmatar uma grande falha que existe, que são as disparidades que ainda existem hoje em dia, mas que se sentem menos num ensino presencial.” Passando para um ensino à distância estas questões são mais notórias e o ISCSP, ao permitir condições a todos os alunos “é uma forma de atenuar e muito essas dificuldades e diferenças, e consegue garantir alguma justiça no processo de ensino que é fundamental no ensino superior”, refere João Machado.

A AEISCSP uniu-se ao Instituto nesta tentativa de perceber quais as maiores dificuldades e para quem, pois segundo o dirigente académico houve uma preocupação de garantir que da mesma forma que antes “todos os alunos tinham acesso a uma sala de aula, têm agora acesso a todos os materiais que os docentes disponibilizam e videoconferências".

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