11.º Congresso de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas: “Integração, Acesso e Valor Social“, 18-29 de Outubro de 2012, Fundação Calouste Gulbenkian

Em jeito de síntese, apresentamos algumas das conclusões que mais se evidenciaram durante o desenvolvimento e debate dos trabalhos:

As bibliotecas do ensino superior devem estar atentas às tendências do contexto atual, e para isso deverão definir uma estratégia de comunicação para com os utilizadores, incluindo docentes (1). Atentos à nova dinâmica académica, os bibliotecários, enquanto atores sociais e construtores de estratégias que assentam na capacidade de criar e desenvolver uma teia de relacionamentos, procuram incrementar novos conhecimentos científicos (2). Um exemplo de sucesso é a criação duma infra-estrutura técnica - a B-ON - que garante aos utilizadores o acesso a um vasto número de publicações em formato eletrónico, só no ano 2011 foram feitos em Portugal 7.500.000 downloads e com tendência para aumentar (3).

Foram apresentados relatórios que apontam para as dificuldades dos alunos do ensino superior em procurar, selecionar e organizar a informação de modo eficaz. Neste sentido, têm-se vindo a investir na formação dos utilizadores, que passa pela realização de ações e promoção de Workshops temáticos realizadas pelos bibliotecários à comunidade académica (4, 5 e 6).     
Foram apresentadas as fases do projeto open source, do Sistema de Gestão Integrada para bibliotecas Koha, bem como as vantagens e desvantagens inerentes à adoção do Koha por parte do ISCTE-IUL. Por último, foi apontado o futuro para o Khoa, algo inserto, mas encarado como uma alternativa de baixo custo e viável para as instituições (7).

As bibliotecas europeias procuram uma cultura da qualidade e excelência, e como tal vem evidenciar a urgência de se implementar estratégias, ou modelos de gestão da qualidade assentes em normas da European Foundation for Quality Management (8) As bibliotecas universitárias portuguesas têm feito um esforço para se adaptar às novas exigências, como por exemplo, a experiência da Faculdade de Engenheira da Universidade do Porto revelou a implementação de um projeto orgânico funcional adaptado às necessidades dos seus utilizadores (9).  

Foram problematizadas as novas questões sobre os direitos de autor em ambiente digital, que de acordo com a Comissão Europeia, os projetos de digitalização em larga escala passam por soluções de licenças colectivas (10).  
Uma das comunicações apresentadas demonstrou a relação da universidade com a biblioteca universitária que se traduz na implementação de práticas formativas, e sobretudo tendo como foco a transmissão das melhores formas de aceder ao acervo documental físico e digital (11).  Mas, o ponto de partida e essencial para a elaboração deste processo compete quer por parte dos docentes, quer dos bibliotecários disponibilidade e vontade para trabalhar em equipa (12).