“Ciberterrorismo: Desafios, Ameaças e Consequências Geopolíticas" foi o tema em destaque na 6.ª edição da Conferência Internacional sobre Terrorismo Contemporâneo, do ISCSP-ULisboa, que se realiza no dia 28 de abril de 2022, no Auditório Óscar Soares Barata.
Depois de dois anos de interregno devido à pandemia Covid-19, a Conferência Internacional sobre Terrorismo Contemporâneo voltou a ser organizada, pois o terrorismo “continua a ser um causador de instabilidade em termos nacionais e internacionais”, afirmou a Professora do ISCSP-ULisboa Teresa de Almeida e Silva, responsável pela organização. A docente explica ainda que dedicar esta edição ao ciberterrorismo “pareceu-nos que era o momento ideal para avançarmos”, acrescentando que “por causa da pandemia o fluxo de informação aumentou e aumentaram também os ciberataques. “Debater estas temáticas é deveras importante para a sociedade contemporânea”, concluiu.
Um dos oradores convidado foi Vasco Da Cruz Amador, CEO da Global Intelligence Insight (GII), explicou que o terrorismo 2.0, trouxe um conceito “diferente” de terrorismo, mas que é necessário acompanhar pelas “novas interações e dinâmicas que o próprio terrorismo tem e que não estávamos habituados a lidar na década de 90 e início do século” Hoje a informação é divulgada quase em tempo real e a próprias formas de comunicação também mudaram. O seu trabalho é sobretudo prevenir eventuais ataques e explica que “a introdução da internet, das novas ferramentas e redes sociais vêm introduzir uma nova alteração e dinâmica” permitindo novos processos de radicalização e interação entre vários grupos a nível mundial.
O evento foi divido em três painéis “Ciber Intelligence: As dinâmicas na sua vertente preventiva”; “Desafios e implicações geopolíticas do ciberterrorismo” e “Terrorismo 2.0” e contou com a participação de oradores não só do meio académico, mas também “operacionais que trabalham no terreno e na análise do fenómeno” do ciberterrorismo, explicou a Professora do ISCSP-ULisboa Teresa de Almeida e Silva.