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A liderança na Saúde é um dos objetivos da Escola de Administração e Gestão de Saúde do ISCSP-ULisboa

5 agosto 2019

O ISCSP-ULisboa quer ser reconhecido nacional e internacionalmente na Saúde, em qualidade e excelência. O passo mais recente foi o desenvolvimento da área de consultoria em Saúde. A pós-graduação em Administração e Gestão da Saúde vai para a sua 5.ª edição. Rui Miranda Julião, médico e coordenador da Escola de Administração e Gestão de Saúde do ISCSP apresenta a oferta formativa. Leia a entrevista abaixo.

Desde a abertura da Escola de Administração e Gestão da Saúde do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa), em 2016, a procura pela área da Saúde tem sido crescente. De lá para cá, muito tem sido feito.

"O sector da Saúde não pode ser observado como qualquer outro sector de atividade, pois apresenta um conjunto de particularidades e especificidades que o tornam único", garante Rui Miranda Julião, médico e coordenador da Escola de Administração e Gestão de Saúde do ISCSP-ULisboa. Por isso, a instituição
de ensino superior desenhou uma fileira pedagógica única constituída por pós-graduação em Administração e Gestão de Saúde reconhecida oficialmente pelo Colégio da Competência em Gestão de Serviços de Saúde da Ordem dos Médicos, mestrado e doutoramento. Acresce a recentemente criada área de Consultoria em Saúde.

1. A Saúde é um sector proeminente e em rápido desenvolvimento em Portugal, tendo registado uma evolução notável ao longo das últimas duas décadas. Como é que o ISCSP-ULisboa observa o progresso desta área específica?

Apresenta-se como uma das áreas que no curto e médio prazo vai estar submetida a grande pressão, desde logo pela alteração de paradigma, colocando no centro do sistema, o cidadão, a que se junta o atual contexto sociodemográfico, nomeadamente, uma população envelhecida, um baixo índice de natalidade e o aumento das doenças crónicas. Acresce, por um lado, a inovação medicamentosa que vai ser um dos grandes desafios, pois a sustentabilidade económico-financeira do nosso sistema de saúde pode vir a estar em causa pelo crescente número de novos fármacos, mais eficazes e com menos efeitos secundários, sobretudo nas áreas de oncologia, infecciologia, cardiovascular e diabetes e por outro, a inovação tecnológica independentemente da sua natureza. Daqui resultam, não só questões de despesa galopante, mas de equidade e ética, relevando-se o problema da acessibilidade dos doentes às novas terapêuticas, como um problema que aflige actualmente vários países do mundo inteiro.

2. Esta evolução vai repercutir-se na chamada economia da saúde?

Claro que sim. A saúde reúne condições particulares para consolidar um crescimento económico, alicerçada nas perspetivas do desenvolvimento e da inovação.  No panorama nacional e internacional, a economia da saúde apresenta-se como uma área geradora de riqueza nos diferentes estados europeus nos próximos anos, pelo que compete a todos uma responsabilidade acrescida de fomentar a qualificação dos profissionais que, de uma forma ou outra, terão intervenções nesta área específica.

De facto, para além dos desafios já mencionados, aos quais acresce a revitalização do Serviço Nacional de Saúde e a reorganização dos diferentes subsistemas de saúde, nomeadamente a ADSE, os desafios tão ou mais aliciantes do que estes são os relacionados com a formação, motivação e liderança, que pela sua importância se revelarão decisivos para a melhoria e desenvolvimento da Saúde em Portugal.

3. Como querem ser reconhecidos?

Na área da Saúde, o ISCSP-ULisboa quer ser reconhecido nacional e internacionalmente pela qualidade dos programas apresentados e pela excelência das pessoas que colaboram nos diferentes graus dos cursos oferecidos. Os professores do ISCSP e todos os convidados (pessoas que se têm notabilizado pela sua ação na área da Saúde com reconhecido mérito), formam uma equipa de elevada qualidade e por isso a liderança desta área de formação na Saúde é um dos nossos objetivos.

4. O que querem trazer de diferente ao mercado com os vários cursos?

O ISCSP apresenta uma fileira pedagógica de características únicas através dos programas do II e III ciclo de estudos em Administração Pública, na especialidade de Administração em Saúde, e da sua Escola de Administração e Gestão de Saúde (EAGS).  De uma forma geral, um aluno após a licenciatura, pode fazer a sua formação na área da Saúde, desde a pós-graduação em Administração e Gestão da Saúde, reconhecida oficialmente pelo Colégio da Competência em Gestão de Serviços de Saúde da Ordem dos Médicos, passando pelo mestrado, até ao doutoramento. Os créditos oficializados pelo Conselho Científico do ISCSP apresentam-se como facilitadores para a conclusão dos diferentes graus.

Salienta-se por outro lado, os cursos tailor made, cujos principais utilizadores são as empresas e entidades deste sector.

5. Tem havido aumento da procura?

A procura pela área da saúde no ISCSP-ULisboa tem sido crescente desde a abertura da Escola de Administração e Gestão da Saúde. Destacando-se, no presente ano, um total de 160 alunos que optaram por formas diferentes de formação, nomeadamente, 21 alunos no doutoramento, 14 alunos no mestrado, 101 alunos da licenciatura que elegeram a unidade curricular opcional na área da saúde e a pós-graduação, que registou um total de 24 alunos inscritos, o que traduz de forma clara a visibilidade desta área de especialização, estimulando a continuidade destes projetos.

6. Quais as novidades nesta área?

Este ano iniciamos o desenvolvimento da Área de Consultoria em Saúde. As autarquias locais e as empresas farmacêuticas apresentam-se como parceiros ideais para a realização de estudos que permitam avaliar e propor novos modelos de intervenção nesta área específica pela sua importância e sensibilidade para determinadas matérias.

Um exemplo marcante onde a nossa equipa de consultoria especializada pode fazer toda a diferença é no apoio aos municípios que passam a participar diretamente na organização dos cuidados de saúde primários, resultado do recente processo de transferência de competências de saúde, no âmbito da descentralização. A legislação que suporta esta medida define que passam para a competência dos municípios a gestão e manutenção das infraestruturas, a área logística, os recursos humanos e parte da estratégia de promoção da saúde a realizar junto da comunidade. Acontece que as Autarquias não estão munidas de recursos humanos e técnicos capazes de lidar numa área tão especifica e sensível como esta, pelo que a área de consultoria da EAGS fará toda a diferença.

7. Que mudanças querem imprimir no ensino na área da saúde?

É objetivo promover uma maior interligação entre os cursos conferentes de grau - licenciatura, mestrado e doutoramento - com os cursos profissionalizantes, nomeadamente as pós-graduações e os cursos de formação especializada, normalmente solicitados por entidades públicas e privadas. Esta integração entre o modelo académico e o modelo profissionalizante, apresenta uma mais-valia, pois permite uma vivência do sector da saúde por diferentes prismas, partilhando e alinhando os conhecimentos teóricos com os aspetos particulares da prática diária. O sector da saúde não pode ser observado como qualquer outro sector de atividade, pois apresenta um conjunto de particularidades e especificidades que o tornam único.

8. Quais são as mais-valias para um executivo tirar os vossos programas?
Os nossos programas de formação vão ao encontro das exigências de todos aqueles que estão ligados ou interessados nesta área complexa de gestão, independentemente da sua formação de base, apresentando como mais-valias, entre outras:

  • 1. Dar a conhecer as teorias e conceitos, os métodos, as técnicas e instrumentos de Gestão que facultem um quadro de referência adequado à sua aplicação prática;
  • 2. Consolidar o conhecimento científico;
  • 3. Formar quadros superiores de organizações, públicas, privadas e/ou sociais, com elevada capacidade técnica e conhecimentos específicos neste sector, que permitam o desenvolvimento e reforço da capacidade competitiva das suas organizações;
  • 4. Promover a interação entre alunos e formadores com aplicação prática dos conhecimentos através da análise de casos, incentivando a “produção do saber” através da realização de trabalhos académicos e respetiva publicação.
  • 5. Providenciar formação avançada de excelência, orientada para a aquisição de conhecimentos que potenciem a eficiência e a eficácia dos sectores público, privado e social.

9. Que reconhecimentos e prémios gostaria de destacar?

Desde sempre que a Escola de Administração e Gestão de Saúde, junta o mérito aos prémios de natureza pecuniária e social. Desta forma, os nossos atuais parceiros, a Fundação Servier, de origem francesa, e o Grupo EMS Internacional, brasileiro na sua origem, são patrocinadores no seu conjunto de prémios no valor de 30.000 euros e bolsas de estudo para alunos mais carenciados.

Por outro lado, e de extraordinária importância, a nossa pós-graduação em Administração e Gestão da Saúde é reconhecida oficialmente pelo Colégio da Competência em Gestão de Serviços de Saúde da Ordem dos Médicos, pela sua qualidade.

10. Quais são as principais prioridades para 2019/2020?

As nossas principais prioridades para este ano são claras: manter o reconhecimento individual e de diferentes instituições, pela qualidade da nossa formação; e iniciar o processo de internacionalização nesta área específica da Saúde, pois são vários os pedidos que temos para este novo desafio.
A liderança da saúde nos próximos anos será assumida por todos os que tiverem mais competências nas diferentes áreas do saber, e que encontrem na formação um valor acrescido para a sua melhoria e desempenho.

É com responsabilidade e absoluta convicção que afirmamos que a pós-graduação em Administração e Gestão de Saúde do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa) é, no panorama atual da formação na área da saúde, uma referência nacional de qualidade.

Conheça a 5.ª edição da pós-graduação em Administração e Gestão de Saúde, AQUI.

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