A primeira vez que entrei no ISCSP era uma jovem caloira de Relações Internacionais, acabada de chegar da Alemanha, onde tinha vivido durante um ano, enquanto estudante AFS. Tudo se passava ainda no velho palácio da Junqueira e lembro-me bem do contraste desse ambiente clássico com o conforto e sentido prático do edifício alemão onde tinha frequentado o ensino secundário.
Mas mais importante do que as paredes, foram as pessoas. Sobretudo os amigos, a maioria dos quais mantenho até hoje, mas também professores que nunca esquecemos, como Adriano Moreira, Adelino Maltez ou Paula Escarameia.
Embora tenha estudado Relações Internacionais, tornei-me jornalista e fiz o meu primeiro estágio na RTP graças a um protocolo que existia então entre a universidade e estação pública.
Mas muita vida acontece em mais de 30 anos. E, apesar de ter decidido fazer Mestrado no ISCTE, já depois de me ter tornado jornalista, o ISCSP voltou a ser a minha casa para o Doutoramento. Tudo graças ao Jornalismo Literário e à Professora Alice Trindade, que conheci do outro lado do Atlântico, numa das primeiras conferências internacionais da IALJS (International Association for Literary Journalism Studies).
Esse género jornalístico alicerçado na reportagem uniu-nos e ajudou-nos a atravessar os tormentos e alegrias de um doutoramento, permitindo agora que a editora Springer-Nature se viesse juntar às outras obras de não-ficção que já publiquei. Desta vez, em inglês e para dar a conhecer parte da investigação que fiz para o doutoramento (“Our Brain and the News”) no ISCSP.